domingo, 31 de maio de 2009

E o resto?


Case premiado pelo POP de 2008, o treinamento de crise desenvolvido para Bayer Crop Science,
divisão de agronegócios do Grupo Bayer, me fez pensar um pouco.


O case desenvolvido pela LVBA tinha o objetivo de preparar os executivos da empresa para uma situação de crise. Com isso, foram realizadas 3 palestras para apresentar o tema e os impactos de sua aplicação. Mas o diferencial desse treinamento foram as simulações de crises hipotéticas, mas com possibilidades de ocorrência como denúncias contra a empresa, atuação de ONGs e questionamentos sobre os produtos. Em um sala os participantes recebiam as informações que ocasionariam a crise e começavam a agir, tendo que tomar decisões para evitar a crise.


Porém, me pergunto porque somente os executivos passam por esse tipo de treinamento? Não que todos os colaboradores devam passar por esse tipo específico de treinamento, até porque não seria viável nem financeiramente e nem em termos de espaço.


Mas mesmo assim acho que o resto do público interno deveria ao menos ser treinado para o que fazer nessa situação, o que falar e o que não falar para amigos e conhecidos, mostrando à eles que em uma crise qualquer informação errada ou pela metade pode comprometer a empresa e por consequência seus próprios empregos.


Caso queiram ler o case e opinar sobre essa questão aqui está o link:



quinta-feira, 28 de maio de 2009

Recall NOW!


Quando pensamos em recall, pensamos em algo errado. O recall nada mais é do que uma crise que causa impacto em fatores internos e externos.

Um dos casos mais impactantes de recall em minha memória foi o caso marcante do Toddynho, líder de mercado em achocolatado industrializado. Fabricado pela Pepsico, em 2007 fomos acionados pela imprensa de que o produto tinha uma pequena alteração em seu sabor. Mais de 13 milhões de produtos foram recolhidos, com a justificativa de que não causariam nenhum dano á saúde daqueles que consumiram.

Mas, esse erro de fabricação causou um impacto tão grande entre a população, que muitos se sentiram ameaçados a consumirem o produto e acontecer algo de "errado". A justificativa da Assessoria de Imprensa da Pepsico, não foi o bastante para acobertar a crise.

Agora, parando para refletir sobre o assunto, quais os departamentos que se envolveram nesse case de "não sucesso". O departamento de Gerenciamento de Crise com certeza foi o mais envolvido em relação ao ocorrido. Mas, e para os funcionários? Burburinhos, questionamentos, exatamente tudo de ruim que as pessoas expressaram, pode ter causado um problema sobre a empresa que eles representam.

E para vocês, qual foi à grande crise interna do case Toddynho?

terça-feira, 26 de maio de 2009

Em tempos de crise, como fica o budget?

Por que a comunicação - não só a voltada para funcionários - costuma ser vista pela área financeira das empresas como um custo, não um investimento? Talvez o problema não esteja nas ações comunicacionais em si, mas sim na dificuldade dos gestores de uma organização em visualizar os resultados conquistados, normalmente indiretos e a longo prazo.

A comunicação interna costuma ser uma vítima dos 'cost killers' nesses momentos. Mesmo em ambientes onde sua audiência é relevante, os canais de comunicação para o funcionário não estão seguros em uma crise. E se esta for uma crise global, onde há mais alarde do que crise, o que faz com que gestores de grandes empresas entrem em pânico, a CI está com a corda no pescoço.

Ideia: esse tipo de empresa precisa de uma comunicação interna vertical, de cima para baixo. As vezes, gestores precisam mais de um ombro amigo para acalmá-los do que poder para realizar ações desesperadas.

Narrativa para o momento e seu resultado: Crise! Desespero! Calma. Análise. Estratégia: cortes. Cortes. Cortes. Cortes. Tempo... Análise. Estratégia do 're': recontratar, religar, recomeçar. Arrependimentos. Sobrevivência. Crise! Desespero! Calma...

Pergunta: seriam as ações não destinandas aos clientes menos importantes?



Necessidade de um ombro amigo

sábado, 23 de maio de 2009

Sadigão

A fusão entre a Sadia e a Perdigão é definitivamente um dos assuntos mais falados no momento. O medo de as pequenas falirem devido à força no mercado que a gigante Brasil Foods terá, sendo a maior multinacional processadora de alimentos é uma das consequências desse precesso.
Mas para nós aqui o que interessa é a questão de como ficam os funcionários da das duas empresas em uma situação de fusão?
Há um tempo atrás saiu no Valor Econômico que já havia sido fechado as bases da comunicação interna e externa da nova empresa, mas mesmo assim os funcionários ainda precisarão de um tempo para se acostumar à nova idéia, pois independente de os produtos continuarem sendo os mesmos, institucionalmente haverá apenas uma única empresa que terá uma única cultura corporativa. Tal cultura deverá ser muito bem alinhada entre todos os funcionários para que uma identidade forte seja transmitida pelo público interno, ao público externo. Até mesmo porque já existe uma propaganda institucional colocando a empresa como o orgulho do Brasil, o que com certeza será se investirem no alinhamento da conduta de todos os colaboradores da empresa. Isso porque não existirá mais a Perdigão e a Sadia e se alguma conduta de uma funcionário da Ex-Sadia não for condizente com a linha geral da nova empresa, ninguém mais olhará a Sadia como culpada e sim a BRF Brasil Foods, que terá sua imagem e reputação comprometidas.

Deem uma olhada no novo comercial da BRF Brasil Foods.
http://www.youtube.com/watch?v=pEMa4N6fP7I

E vocês, sabem de notícia sobre ações de comunicação interna na BRF Brasil Foods?

terça-feira, 19 de maio de 2009

45 anos de tradição e uma enorme crise no YouTube

Cerca de dois meses atrás, surgiu no YouTube um vídeo com dois funcionários de uma franquia da rede de pizzaria Domino´s Pizza "presenteando a pizza de clientes com o que há de menos higiênico. Os próprios funcionários decidiram compartilhar sua "brincadeira" no site de vídeos mais visto no mundo, o You Tube.



Este episódio tomou proporções gigantescas e repercurtiu em diversas outras mídias sociais como Orkute, facebook e Twitter, desencadeando uma seri de protestos e difamações a esta até então respeitada empresa. O próprio buscador do Google ao ser acionado pela palavra Dominos trazia em sua primeira página apenas notícias de protesto contra a Pizzaria em destaque.

O time de relações públicas da empresa agindo reativamente a crise deflagrada produziram um vídeo com o Diretor geral da empresa desculpando-se pelo ocorrido e em seguida mobilizaram no canal Twitter, Facebbok e enviaram e-mails agradecendo o aviso e comentando as ações realizadas em função do problema.


A reputação da empresa foi fortemente abalada, e a resposta da empresa acabou demorando muito (em padrões de mídia normal foi uma resposta rápida, mas se tratando de Web cada minuto é preciosíssimo).

A rápida propagação viral, pode ter causado um grave dano à marca. Um dano em uma marca de mais de 45 anos de tradição e história.

É certo que as empresas precisam dedicar recursos para cuidar da imagem corporativa da empresa, e estabelecer uma estratégia de como lidarão com o o ambiente web. Os antigos times de relações públicas acostumados a mídia tradicional precisam urgentemente compreender a fundo os novos canais de comunicação

Quanto você está preparado para lidar com uma crise destas? Prepare-se, já dizia Andy Warhol que no futuro todos teremos nossos 15 minutos de fama ... mas Andy nunca afirmou que seria uma boa fama!
Nos dê sua opinião!